Rebeca Lima, natural da Nova Holanda, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, conquistou o título mundial de boxe na categoria até 60 kg no mês passado, em Liverpool, na Inglaterra. Para chegar à vitória, Rebeca superou duas adversárias que já haviam lhe vencido na temporada. Nas semifinais, ela derrotou a cazaque Viktoriya Grafeyeva, que a havia vencido na final da Copa do Mundo em Astana, e na decisão, passou pela polonesa Aneta Rygielska, que a derrubou em Foz do Iguaçu. A boxeadora de 25 anos ressaltou que pequenos ajustes em sua preparação foram essenciais para o sucesso. “Eu sabia que eram só algumas correções. Não tinha sido um baile, e eu poderia ter feito melhor”, afirmou Rebeca.

Segundo a atleta, a preparação não foi apenas técnica, mas também mental. Ela destacou a importância de manter a concentração durante as lutas e como a respiração pode influenciar o desempenho. “Quando você respira bem, seu cérebro funciona melhor. Treinamos para lidar com os gatilhos que podem surgir durante o combate”, explicou. Rebeca, que já havia conquistado um bronze no Mundial juvenil em 2018, não se surpreendeu com a vitória no adulto. “Trabalhei para isso. Eu saí do Brasil acreditando que chegaria lá”, comentou.

Agora, o foco de Rebeca é no boxe amador e na preparação para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. Ela também comentou sobre a comparação com a medalhista olímpica Beatriz Ferreira, ressaltando que, apesar das semelhanças, suas histórias são diferentes. As duas mantêm uma relação de parceria, trocando experiências e treinamentos. A boxeadora ainda participou do programa “Vivência Olímpica”, onde teve a oportunidade de treinar e interagir com outros atletas.