Recentemente, a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso deixou uma vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), e os parlamentares bolsonaristas têm suas preferências. Entre os nomes cotados, eles mencionam Bruno Dantas, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), destacando o bom diálogo dele com a oposição e o governo. No entanto, mesmo com o apoio de Renan Calheiros (MDB-AL), Dantas é visto como um candidato com menos chances em comparação a Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado.

A escolha final caberá ao presidente Lula (PT), que enviará o nome do escolhido para análise dos senadores. Os bolsonaristas consideram a indicação de Messias como a pior opção, pois o enxergam como alinhado ao governo petista. Pacheco, por outro lado, é visto como uma escolha mais palatável, apesar de ter tido embates com Bolsonaro. Ele conta com o apoio de Davi Alcolumbre (União-AP), que já se comprometeu a trabalhar para garantir que Pacheco receba muitos votos caso seja indicado.

No entanto, a popularidade de Pacheco entre os bolsonaristas é baixa, especialmente por sua falta de apoio em projetos que interessam a esse grupo. A escolha de Lula deve se concentrar entre Messias e Pacheco, sendo que o segundo é considerado o mais viável. Pacheco também tem ambições políticas em Minas Gerais, onde pode ser um candidato forte para o governo, mas ainda não decidiu se irá concorrer. A situação em Minas é complexa, com muitos candidatos de direita competindo, e Pacheco poderia ajudar Lula a estabelecer uma base no estado. A aposentadoria de Barroso, que ocorreu durante uma sessão de julgamentos, foi celebrada nas redes sociais por alguns aliados de Bolsonaro, refletindo a polarização política atual.