Na segunda-feira (29), o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, tomaram decisões que podem impactar a relação entre o Executivo e o Legislativo. A primeira delas foi a decisão de Lula de vetar a proposta que aumentaria o número de deputados federais de 513 para 531 a partir de 2027. Essa proposta, aprovada pelo Congresso em junho e liderada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, visava adicionar 18 novas cadeiras, mas o veto foi uma resposta à pressão popular contra pautas consideradas antipopulares. Com essa decisão, a Justiça Eleitoral terá que redistribuir as cadeiras até esta quarta-feira (1º).
O senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso, se viu pressionado a colocar o veto em votação. No entanto, optou por recorrer ao STF, alegando que não haveria apoio suficiente para derrubar o veto. Ele solicitou que o tribunal mantivesse o número atual de deputados por estado nas eleições de 2026, recalculando apenas para 2030. Logo após, Fux concedeu uma liminar favorável ao pedido, que ainda precisa ser confirmada pelo plenário do STF. Essa manobra foi interpretada por alguns deputados como um gesto para acalmar a Câmara, que ficou insatisfeita com o Senado após a retirada de apoio à PEC da Blindagem.
Além disso, Lula também vetou trechos de uma proposta que flexibilizava a Lei da Ficha Limpa, o que descontentou Alcolumbre, que havia apoiado a mudança. As decisões do presidente podem gerar reações no Congresso, onde a possibilidade de derrubar os vetos está em aberto, dependendo do apoio dos parlamentares. Para quem deseja acompanhar a tramitação dessas pautas, as sessões do Congresso estão disponíveis online, e é possível entrar em contato com os gabinetes dos deputados e senadores para expressar opiniões ou esclarecer dúvidas.