Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC da Blindagem, que altera a Constituição para restringir operações policiais e inquéritos contra deputados e senadores. A proposta estabelece que o Judiciário deve solicitar autorização ao Legislativo antes de processar congressistas, com votações secretas para evitar desgastes. A PEC não prevê um período de transição, podendo congelar processos já em andamento. Além disso, seus efeitos podem se estender a deputados estaduais.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi nomeado relator da PEC, o que gera a expectativa de que a proposta não passe no Senado, visto que ele já se manifestou contra o texto, chamando-o de “ideia vergonhosa”. A bancada do MDB no Senado, à qual Vieira pertence, também declarou que votará contra a proposta. A repercussão negativa nas redes sociais antes mesmo da conclusão da votação na Câmara fez com que senadores avaliassem as dificuldades que a PEC enfrentará na Casa Alta. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), foi um dos primeiros a criticar a proposta.
Para acompanhar o andamento das discussões e votações sobre a PEC da Blindagem, os cidadãos podem acessar o site oficial do Senado e acompanhar as sessões ao vivo. Denúncias e manifestações podem ser feitas por meio dos canais de comunicação disponíveis na plataforma. As próximas etapas incluem a tramitação da proposta na CCJ e uma análise mais detalhada pelos senadores. A expectativa é que o debate se intensifique, especialmente com a proximidade das eleições de 2026 e o aumento da pressão pública sobre os congressistas.