Nos últimos 25 anos, a seleção brasileira masculina de vôlei conquistou a admiração dos torcedores com seus títulos olímpicos e mundiais. No entanto, a recente eliminação no Mundial masculino, ocorrida na última quinta-feira (18), após uma derrota de 3 a 0 para a Sérvia, gerou um clima de frustração. O Brasil precisava que a China vencesse um set contra a República Tcheca para ter chances de continuar no torneio realizado nas Filipinas, mas a falta de desempenho do time foi evidente. Segundo especialistas, a situação atual do vôlei masculino é preocupante, com fracassos acumulados e pouca perspectiva de melhora.

Nos Jogos de Tóquio 2020, a seleção chegou à semifinal, mas saiu sem medalha após perder para a Argentina. Em 2024, a equipe venceu apenas um jogo, contra o Egito, que não é considerado uma potência na modalidade. Além disso, as categorias de base também refletem essa crise: no último Mundial sub-21, o Brasil perdeu cinco dos seis jogos, conseguindo apenas uma vitória contra a Colômbia, que não possui uma liga profissional de vôlei. Apesar da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ter registrado um aumento na arrecadação da Superliga, a falta de um torneio forte para formar novos jogadores é evidente.

O cenário não é só desanimador para os homens, o vôlei feminino também enfrenta dificuldades. A ausência de novas levantadoras para substituir Roberta e Macris é um sinal de que a renovação é necessária. Além disso, a visibilidade das seleções na TV tem diminuído, com a Globo, que detém os direitos de transmissão, não exibindo nenhum jogo do Mundial, o que era comum em edições passadas. Com a presidência de Radamés Lattari até 2029, muitos questionam a falta de ação e renovação no vôlei. A situação atual é crítica, e a pergunta que fica é: quem vai salvar o vôlei brasileiro antes que seja tarde demais?