O Brasil está em negociações para adquirir caças mais antigos do modelo Gripen, fabricado pela Saab, para evitar problemas em seu sistema de defesa. A entrega do último avião já atrasou em oito anos devido a cortes no orçamento e custos altos, e os aditivos contratuais já consumiram o valor equivalente a seis aeronaves, conforme informou a Força Aérea Brasileira (FAB). Recentemente, o comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Damasceno, esteve em Estocolmo para conversar com o ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, sobre a cooperação militar entre os dois países. Durante a visita, uma declaração conjunta foi assinada, confirmando a compra de quatro aviões de transporte Embraer KC-390 pela Suécia.

Além disso, há discussões sobre a compra de Gripens usados da geração anterior (C/D), além da ampliação da frota do modelo mais recente (E/F), que pode passar de 36 para até 50 unidades. Para isso, seria necessário um aditivo de 25% no contrato original de 2014, algo em torno de R$ 5 bilhões, o que é considerado inviável. Assim, uma alternativa que pode ser considerada é a aquisição de seis Gripens novos e 12 usados. Outra opção em análise seria a compra de caças F-16 americanos, o que poderia impactar negativamente a relação com os suecos.

Os atrasos financeiros têm sido um grande empecilho. O brigadeiro Walcyr Josué de Castilho Araújo, chefe do Estado-Maior da FAB, alertou senadores sobre os desafios orçamentários que prejudicaram o cronograma do Gripen, prevendo que o último caça deveria ter sido entregue em 2024, mas agora essa entrega pode se estender até 2032. Para quem deseja acompanhar as discussões e decisões sobre o tema, é possível consultar as sessões da Comissão de Relações Exteriores e Defesa no site do Senado e acompanhar canais oficiais de denúncia e contato. Por fim, as próximas etapas incluem a tramitação das propostas e a definição de audiências públicas sobre o assunto.