No dia 11 de outubro, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Essa decisão fez ressurgir a discussão sobre a anistia no Congresso, especialmente entre os aliados de Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo o líder do PSB na Câmara, Pedro Campos, o movimento para votar o projeto de anistia aparece quando há risco para Bolsonaro, e não quando se trata dos presos pelos ataques de 8 de janeiro.
Campos comentou que a pressão por anistia se intensifica quando Bolsonaro está em perigo, destacando que a preocupação com os manifestantes detidos em janeiro não recebe a mesma atenção. Ele lembrou que, após os ataques, Bolsonaro chegou a se referir aos manifestantes como baderneiros, e só voltou a falar de anistia quando sua situação se complicou. O líder do PSB acredita que as pessoas detidas foram abandonadas por Bolsonaro e não devem esperar por sua ajuda para serem soltas.
Além disso, Campos analisa a entrada de Tarcísio na conversa sobre anistia como uma estratégia para conquistar os votos do eleitorado radical bolsonarista. Ele observa que Tarcísio precisou se aproximar de Bolsonaro, que ainda tem um forte apoio popular, mesmo após o governador ter sido inicialmente visto como candidato do centrão e da elite econômica. Essa movimentação pode afastar eleitores de centro e da elite, já que muitos podem se sentir desconfortáveis com essa tentativa de atrair os bolsonaristas.
Para quem quer acompanhar essas discussões, as sessões do Congresso podem ser acessadas online, e é possível encontrar documentos e informações sobre as votações nos sites oficiais. Fique atento às próximas movimentações e audiências públicas, que podem trazer mais novidades sobre o tema da anistia e outras pautas políticas.