Nesta sexta-feira (12), a Polícia Federal realizou uma operação que resultou na prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, em São Paulo. A ação faz parte das investigações sobre fraudes relacionadas a descontos associativos do INSS. Durante a operação, foram apreendidas diversas obras de arte no escritório do advogado Nelson Wilians, incluindo uma pintura de Di Cavalcanti, datada de 1971, que acabaram sendo exibidas na mídia.
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, criticou a exposição de Wilians, chamando-a de desnecessária e caracterizando a operação como um espetáculo midiático. Em suas declarações, ele enfatizou a gravidade dos fatos e a importância de uma investigação detalhada, além de ressaltar a necessidade de respeitar o processo legal e a presunção de inocência dos envolvidos. Carvalho também alertou sobre os perigos de uma justiça penal que se baseia em espetáculos midiáticos, que podem prejudicar a imagem do sistema judicial no país.
Apesar de suas críticas, Carvalho reconheceu que a atuação da Polícia Federal, sob a direção de Andrei Rodrigues, tem sido, em sua maioria, equilibrada e discreta, o que representa uma mudança positiva nos protocolos da instituição.
Para aqueles interessados em acompanhar as sessões da Polícia Federal ou reportar irregularidades, é possível acessar informações através dos canais oficiais disponíveis no site da PF. A tramitação do caso deve seguir com novas audiências e investigações, e a agenda de votação sobre possíveis medidas adicionais será definida nos próximos dias.