O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve solicitar ao STF (Supremo Tribunal Federal) a possibilidade de cumprir prisão domiciliar caso seja condenado no julgamento da suposta trama golpista, que está previsto para ser concluído nesta sexta-feira (12). As penas somadas pelos crimes que ele enfrenta podem ultrapassar 40 anos. Segundo fontes próximas, a estratégia é tentar finalizar todos os recursos e, se não houver como reverter a condenação, pedir a domiciliar em razão de questões de saúde. Desde agosto, ele já está em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento está a cargo da 1ª Turma do STF e, conforme os aliados de Bolsonaro, uma eventual prisão só deve ocorrer em novembro. A defesa do ex-presidente poderá argumentar que ele se mantenha em prisão domiciliar com base em laudos médicos anteriores ou até mesmo solicitar novos exames. Entre as incertezas atuais, destaca-se a definição do tempo de prisão e o local onde ele cumprirá a pena, que pode ser em casa, na carceragem da Polícia Federal ou no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Um interlocutor próximo acredita que o STF não optará por uma pena fora de casa, considerando riscos à saúde de Bolsonaro e as implicações políticas disso.

Para acompanhar as sessões do STF, o público pode acessar o site do tribunal, onde estão disponíveis informações sobre os julgamentos e documentos relacionados. Além disso, canais oficiais permitem denúncias e informações sobre o andamento dos processos. Nos próximos dias, o tribunal deve prosseguir com a tramitação do caso e uma audiência pública pode ser convocada para discutir aspectos relacionados ao julgamento. A situação de saúde de Bolsonaro tem gerado preocupações, com relatos de aliados sobre seu estado emocional e físico, especialmente após crises de soluço e vômitos. A defesa já solicitou autorização para um procedimento cirúrgico no próximo domingo, com o objetivo de investigar manchas na pele do ex-presidente.