Nos últimos meses, a política em Goiás tem sido marcada por intensas negociações e movimentações dentro da Câmara dos Deputados. O jovem presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos-PB, tem enfrentado a influência do seu antecessor, Arthur Lira, do PP-AL, que continua a articular nos bastidores. Em agosto, em três ocasiões, Lira esteve à frente de negociações importantes, mesmo com sua presença discreta em entrevistas e no plenário. Foi no seu gabinete que se costurou um acordo para encerrar a ocupação da mesa da Câmara por bolsonaristas, que protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A volta do recesso parlamentar foi tumultuada, com a ocupação das mesas da Câmara e do Senado. Motta conseguiu reassumir a presidência após um acordo com os bolsonaristas, mas não sem constrangimentos, já que enfrentou resistência de alguns deputados. Ele tentou suspender os mandatos dos opositores, mas não obteve apoio suficiente na Mesa Diretora. Após a confusão, a Câmara tentou acelerar a votação da PEC da blindagem, que, se aprovada, daria ao Congresso o poder de barrar investigações contra parlamentares. Contudo, a proposta enfrentou resistência e acabou sendo adiada.
Recentemente, a anistia a Bolsonaro voltou à pauta. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pressionou pela votação do perdão a Bolsonaro e outros envolvidos em atos golpistas. Motta, que até então resistia, agora admite a possibilidade de colocar a proposta em votação. Aliados do presidente da Câmara afirmam que ele possui apoio do plenário e que está liderando discussões sobre propostas estruturantes, como a reforma administrativa. Para acompanhar as sessões e acessar documentos, é possível consultar o site oficial da Câmara e seguir os canais de comunicação disponíveis. Nos próximos dias, a expectativa é que novas votações ocorram, com a pressão crescente sobre Motta para avançar nas pautas em discussão.