O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu arquivar três processos contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, relacionados à Operação Monte Carlo. As investigações apuravam a ligação do governador com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A decisão do STJ foi baseada na invalidação de escutas telefônicas do ex-senador Demóstenes Torres pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que afetaram também as provas contra Marconi.
Nos processos arquivados, Marconi era investigado por corrupção passiva. O primeiro processo, conhecido como “evento casa”, alegava que a Construtora Delta teria depositado R$ 1,4 milhão na conta do governador, além de repassar R$ 600 mil a um ex-assessor. O segundo caso, denominado “evento Pirenópolis”, envolvia um recebimento de R$ 500 em espécie. Por último, no “evento Rental”, R$ 600 mil teriam sido transferidos para uma empresa ligada ao governador. O MPF pediu o arquivamento, afirmando que os diálogos sobre Marconi estavam no mesmo contexto das escutas invalidadas.
Além disso, uma quarta investigação, chamada de “evento despesa eleitoral”, ainda está pendente. Nesse caso, Marconi foi acusado de receber R$ 90 mil para quitar dívidas de campanha. O STJ solicitou autorização à Assembleia Legislativa de Goiás para processar o governador por esse motivo. Jayme Rincón, que também foi mencionado nas investigações, afirmou que sua participação já havia sido arquivada pelo MP-GO por falta de provas.
Os próximos passos incluem a análise do processo relacionado à despesa eleitoral e eventuais fiscalizações. O MPF e o STJ devem continuar acompanhando o caso, enquanto a população pode acompanhar atualizações através dos canais oficiais do governo e do próprio STJ.