A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo denunciou o perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do STF Alexandre de Moraes, e mais 13 pessoas, incluindo um juiz do TJ-SP, por peculato e organização criminosa. O esquema, segundo a procuradoria, envolvia o desvio de recursos relacionados a heranças não partilhadas e bens de idosos incapazes, onde o juiz Peter Eckschmiedt determinava bloqueios de bens baseados em ações de cobrança com documentos falsificados. A defesa do juiz nega as acusações.
A denúncia abrange três tentativas de desvio de recursos ocorridas em 2023. Em janeiro de 2024, uma nova juíza assumiu os processos, e o Ministério Público foi alertado, acionando a Polícia Civil. Tagliaferro, próximo a Eckschmiedt, teria tentado orientar o juiz e outro funcionário a apagar provas. Entretanto, um dos investigados enviou mensagens à Corregedoria-Geral de Justiça, revelando detalhes do funcionamento da organização criminosa, o que ajudou nas investigações.
No ano passado, uma operação do MP-SP e da Polícia Militar na casa de Eckschmiedt resultou na apreensão de R$ 1,7 milhão em dinheiro. A denúncia foi formalizada no dia 8 de agosto, e o processo está sob segredo de Justiça. Tagliaferro, que chefiou uma assessoria no TSE, foi indiciado em abril por violação de sigilo funcional e, após ser alvo de investigações da Polícia Federal, se mudou para a Itália. O ministro Moraes, por sua vez, nega irregularidades e afirma que suas ações sempre foram oficiais.
Para acompanhar o progresso do caso, é possível acessar informações pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo ou entrar em contato com os canais de denúncia disponíveis. A tensão em torno do desenrolar desse processo deve continuar, com a expectativa de novas audiências e investigações.