O Palácio do Planalto está com 14 ministros que querem continuar no governo até dezembro de 2026, quando termina o mandato de Lula. Isso representa cerca de 36,8% dos 38 membros da gestão atual. Os outros ministros devem deixar seus postos até o início de abril para entrar na disputa eleitoral. Entre os que ficam, três são do PT: Alexandre Padilha (Saúde), Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), que já têm mandatos como senadores até 2030. Por outro lado, Geraldo Alckmin, do PSB, deve continuar no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e pode ser vice na próxima chapa de Lula.

Ministros com perfil técnico, como Márcia Lopes (Mulheres), Esther Dweck (Gestão) e outros, também devem permanecer e não têm planos de concorrer a cargos. José Mucio, da Defesa, havia afirmado que sairia no final do ano para passar mais tempo com a família, mas o assunto não foi mais discutido com Lula. O governo espera que ele fique até 2026 para ajudar na pacificação com os militares, especialmente após possíveis condenações de membros das Forças Armadas relacionados à tentativa de golpe. Sidônio Palmeira, da Secom, não vai se candidatar, mas sairá em 2026 para focar na campanha de Lula.

A principal incerteza no governo agora é sobre Fernando Haddad, da Fazenda. Ele expressou interesse em continuar, mas o PT já está considerando sua candidatura ao governo de São Paulo ou ao Senado. Lula deve substituir os ministros que saem por seus secretários-executivos, que ocuparão os cargos temporariamente até o fim do mandato. Para acompanhar as sessões e outras informações sobre a gestão, é possível acessar os canais oficiais e documentos disponíveis no site do governo.