Nos últimos dias, o ministro do Turismo, Celso Sabino, tem se movimentado para garantir sua permanência no cargo em meio a mudanças políticas em Brasília. O União Progressista, que inclui o União Brasil e o Progressistas (PP), anunciou que os políticos com mandato que ocupam cargos na Esplanada devem deixar seus postos até 30 de setembro, ou correm o risco de expulsão. Sabino, que é deputado federal licenciado e assumiu o ministério em julho de 2023, está tentando fortalecer sua candidatura ao Senado em 2026.

Na terça-feira (2), os presidentes do PP e do União Brasil informaram sobre o desembarque da gestão federal, focando apenas em Sabino e no ministro do Esporte, André Fufuca. A decisão permitiu que outros membros indicados por esses partidos permanecessem no governo, mas exigiu a saída dos que ocupam cargos eletivos. No dia seguinte, a executiva nacional do União Brasil confirmou essa decisão em reunião, da qual Sabino não participou. Horas após o encontro, ele se reuniu com o presidente Lula e outros ministros no Palácio da Alvorada, onde reafirmou seu desejo de continuar no governo, recebendo apoio do presidente em relação ao compromisso político.

Sabino tem se dedicado a questões relacionadas à COP30, que ocorrerá em novembro em Belém, no Pará, sua base eleitoral. Ele acredita que sua participação ativa no evento pode ajudar a consolidar sua candidatura ao Senado. De acordo com fontes, ele está em contato constante com lideranças do partido e busca garantir uma série de entregas até abril, prazo para desincompatibilização para quem pretende concorrer em 2026. Apesar das dificuldades, há discussões sobre a possibilidade de Sabino se licenciar do partido, mas essa ideia enfrenta resistência entre os membros da cúpula do União Brasil. A situação política continua em evolução, e os próximos passos dependerão das articulações entre os envolvidos.