Recentemente, a discussão sobre a anistia para quem esteve envolvido em atos golpistas ganhou destaque em Goiás, refletindo a força política de diversos grupos no cenário nacional. O projeto de anistia pode ser votado na Câmara e no Senado após o julgamento de Jair Bolsonaro, que deve ocorrer nesta semana. Entre as possibilidades, a primeira é a aprovação de uma anistia ampla que tornaria Bolsonaro elegível novamente, uma proposta defendida pelo PL e aliados próximos. Contudo, essa opção é vista como improvável, até mesmo entre seus apoiadores, que reconhecem as dificuldades.
Outra alternativa é uma anistia que conceda perdão criminal a Bolsonaro, mas mantenha sua inelegibilidade. Essa ideia é apoiada por muitos partidos do centrão, embora haja dúvidas sobre a aceitação entre todos os deputados. A proposta também enfrenta resistência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e de alguns ministros do STF, que temem a inconstitucionalidade da medida. Além disso, Alcolumbre sugere uma redução de penas para os condenados, excluindo Bolsonaro, uma posição que se alinha com a de Hugo Motta, presidente da Câmara, que começou a considerar a votação sob pressão.
Para quem quer acompanhar a tramitação, as sessões podem ser acompanhadas pelos canais oficiais da Câmara e do Senado, onde também é possível acessar documentos e fazer denúncias. A previsão é que o projeto comece a tramitar após o julgamento de Bolsonaro. Se a anistia avançar, pode beneficiar partidos de centro-direita e abrir caminho para a candidatura do governador Tarcísio de Freitas nas eleições de 2026. No entanto, se não houver aprovação, isso reforçaria a atuação do STF e do governo atual, impactando o cenário político nos próximos anos.