Nesta quinta-feira, 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, moradores da Grande Goiânia enfrentam sérios problemas com o fornecimento de água. A situação se agravou devido à baixa disponibilidade hídrica na Bacia do Meia Ponte, que abastece diversos bairros da região. Em resposta, o Governo de Goiás decretou estado de emergência por 90 dias, conforme um estudo da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Cidades (Secima), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento (SED) e a Saneago. O estudo aponta que a estiagem resultou em uma redução de 25% nas chuvas entre 2014 e 2017 em Goiânia e Santo Antônio de Goiás, e as previsões indicam que a chuva deve continuar abaixo do normal até novembro.
A falta de água impactou diretamente a vida de muitos habitantes. Ivone, uma aposentada que mora no Residencial Eldorado, está sem água há seis dias e tem buscado alternativas em um poço artesiano para suprir as necessidades básicas. Síndicos de prédios estão recorrendo a caminhões-pipa, mas a demanda é alta, e os preços dispararam: antes, o custo era de R$ 300, e agora chega a R$ 550. Além disso, muitos caminhões estão em falta na região, dificultando ainda mais a situação.
Moradores de outras áreas, como a Cidade Vera Cruz, também relatam dificuldades semelhantes. A Saneago, por sua vez, afirma que o abastecimento estava normal na manhã de quinta, mas reconheceu que a região sudoeste é a mais afetada. O presidente da companhia, Jalles Fontoura, pediu que os moradores continuem a relatar problemas, pois isso é fundamental para que a empresa possa atuar de forma eficaz.
Os próximos passos incluem a fiscalização das medidas decretadas e a realização de audiências para discutir a situação. A Saneago deve enviar equipes para investigar as reclamações, enquanto os moradores esperam por soluções rápidas e efetivas. Para mais informações sobre o abastecimento, os consumidores podem entrar em contato com a central de atendimento da Saneago.