Edílson Pereira de Carvalho, ex-árbitro envolvido no escândalo de manipulação de resultados do Campeonato Brasileiro de 2005, afirmou que a manipulação de jogos ainda é algo fácil de se fazer no futebol atual. Em sua participação na série documental “Máfia do Apito”, ele destacou que tanto árbitros quanto jogadores podem influenciar os resultados de forma criminosa. O ex-árbitro comentou que, com a evolução das apostas, a situação se torna ainda mais complexa. Recentemente, investigações como a operação Penalidade Máxima, que apurou um esquema de aliciamento de jogadores por apostadores em Goiás, trouxeram à tona preocupações semelhantes.
A série, produzida pelo canal SporTV em parceria com a Feel The Match, estreia nesta sexta-feira (5), às 19h30, e já estará disponível no Globoplay. Com três episódios, a produção revisita o escândalo histórico e provoca questões levantadas por Edílson, como a disparidade no tratamento das fraudes em diferentes campeonatos. Ele questiona por que apenas os jogos do Brasileiro foram anulados, deixando outras competições de fora da discussão, o que, segundo ele, revela uma fragilidade no sistema do futebol.
Além de Edílson, o árbitro Paulo José Danelon também foi investigado e banido do futebol. Ambos foram denunciados por crimes relacionados à manipulação de resultados. O escândalo veio à tona em 2005, quando a revista Veja revelou que os árbitros combinavam resultados com um grupo de apostadores. Na época, Edílson e Danelon recebiam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por partida manipulada. Para quem quer acompanhar os próximos episódios da série, basta sintonizar no SporTV ou acessar o Globoplay após a exibição.
Com a estreia da série, a discussão sobre a integridade do futebol brasileiro ganha novos contornos. Questões sobre a segurança das competições e a necessidade de melhorias nas estruturas administrativas do esporte se tornam cada vez mais urgentes, especialmente com o histórico de fraudes que ainda ecoa no cenário atual.