Nesta semana, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve seu plano de trabalho aprovado. A CPMI vai apurar não apenas os descontos indevidos feitos por sindicatos e associações, mas também empréstimos consignados irregulares. O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão, informou em entrevista que a investigação vai incluir bancos na segunda fase dos trabalhos, já que eles também têm papel nos descontos irregulares.

No início, a CPMI vai focar nos descontos feitos por associações e sindicatos, antes de passar para a análise das práticas dos bancos e cooperativas de crédito. Viana destacou que, após ouvir os depoimentos das associações, a comissão começará a investigar as instituições financeiras que praticam esses descontos. O escândalo foi inicialmente revelado pelo Metrópoles em dezembro de 2023 e resultou em um inquérito da Polícia Federal.

O caso das fraudes no INSS é sério: os descontos chegaram a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto milhares de processos por fraude estavam em andamento. As investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) também foram impulsionadas pelas reportagens. As consequências foram significativas, levando à demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi. Além disso, muitos aposentados enfrentam problemas, como cobranças maiores do que o acordado em contratos de crédito consignado.

Para quem quiser acompanhar as sessões da CPMI ou denunciar irregularidades, é possível acessar os canais oficiais do Senado e da Câmara. A tramitação das investigações deve continuar com audiências públicas e novas votações nos próximos meses. Viana ressaltou que está preparado para resistir a pressões de instituições financeiras durante todo o processo.