O general Richard Fernandez Nunes, recém-transferido para a reserva, comentou em uma entrevista sobre sua postura durante os momentos de pressão política após a vitória de Lula sobre Bolsonaro. Ele, que ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou que resistir aos apelos de um golpe era a única atitude viável para um líder militar. Richard agora é diretor-geral do Censipam, órgão focado na proteção da Amazônia.
Durante a conversa, Richard destacou que, após a eleição, ele e outros líderes do Exército se mantiveram comprometidos com a legalidade, mesmo enfrentando críticas de bolsonaristas que esperavam um posicionamento mais radical. Ele foi rotulado de “general melancia” por não aderir a esses movimentos golpistas, que buscavam impedir a posse do presidente eleito. Richard, que teve uma carreira marcada por várias posições de destaque nas Forças Armadas, defendeu a importância da ética e da integridade em sua atuação.
Ele também se absteve de comentar sobre a recente condenação de Bolsonaro e outros militares de alta patente pelo Supremo Tribunal Federal, afirmando que esse assunto deve ser tratado por quem atua no Judiciário. Richard, que foi secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro durante a intervenção federal em 2018, também não quis se pronunciar sobre operações policiais recentes que resultaram em mortes na cidade.
Atualmente, sua atenção está voltada para o combate ao crime na Amazônia, onde o Censipam está implementando um Laboratório Integrado de Geointeligência. Segundo ele, essa iniciativa visa modelar as redes do crime organizado na região, utilizando dados para fortalecer a atuação das autoridades. Para quem deseja acompanhar suas atividades, é possível acessar informações sobre o Censipam e suas operações diretamente em seu site oficial.