Na última quinta-feira (20), o presidente Lula oficializou a indicação de Jorge Messias para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) que ficou aberta após a saída do ministro Luís Roberto Barroso. Essa decisão gerou reações mistas, especialmente entre alguns ministros da corte, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Antes de seguir para uma agenda em São Paulo e, posteriormente, participar da Cúpula de Líderes do G20 na África do Sul, Lula se reuniu com Messias no Palácio da Alvorada.
Messias, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), era visto como o favorito para a vaga devido à sua proximidade com Lula. A escolha contraria pressões de senadores que desejavam que o presidente indicasse uma mulher para o cargo, já que atualmente Cármen Lúcia é a única mulher no STF. O nome de Messias já havia sido cogitado em 2023, quando Rosa Weber se aposentou, mas acabou não sendo escolhido. Ele tem um histórico como procurador da Fazenda Nacional e já atuou em diversos ministérios, ganhando destaque na administração pública.
Agora, o próximo passo será a sabatina e votação da indicação no Senado. Essa etapa pode ser desafiadora, especialmente considerando que a recondução de Paulo Gonet à PGR foi aprovada por uma margem apertada, o que pode ser um sinal das dificuldades que Messias enfrentará. O governo já está ciente das resistências e planeja iniciar um diálogo com os senadores para garantir a aprovação. Para acompanhar as sessões e o andamento do processo, os interessados podem acessar os canais oficiais do Senado e acompanhar as notícias nos meios de comunicação.