A juíza federal Adriana Cruz, de 55 anos, destacou em entrevista que aumentar a presença de negros no Judiciário é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa. Atualmente, ela ocupa a 5ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro e foi secretária-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entre setembro de 2023 e setembro de 2025. Segundo ela, uma Justiça mais diversa pode melhorar a democracia, pois permite que mais pessoas se vejam representadas nos espaços de decisão.
Adriana é um dos nomes considerados por organizações como o Fórum Justiça e a JUSTA para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. Ela menciona que a diversidade ajuda a sensibilizar magistrados de diferentes origens, tornando-os mais conscientes das realidades enfrentadas por aqueles que não têm o mesmo histórico. A juíza também comentou que a falta de representatividade negra, especialmente entre mulheres, é uma questão que o Brasil precisa enfrentar com seriedade.
Para quem deseja acompanhar as atividades do Judiciário, é possível acessar informações sobre sessões e documentos oficiais através do site do CNJ e outras plataformas relacionadas. As audiências públicas e os canais de denúncia também são meios de participação ativa do cidadão. Adriana ressaltou que a ampliação de acesso a todos os segmentos da sociedade é um imperativo constitucional.
Nos próximos meses, o CNJ deve continuar a tramitar propostas que visem aumentar a inclusão no Judiciário. A juíza acredita que a implementação de políticas de cotas já gerou avanços, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que todos tenham a oportunidade de ocupar espaços de poder e decisão.