A Polícia Federal desencadeou uma operação que impactou diretamente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em uma das crises mais intensas de sua gestão. A ação investiga a compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília), da qual Ibaneis se posicionou como um forte defensor. Essa situação gerou um cenário complicado para a vice e pré-candidata ao governo local, Celina Leão (PP), além de complicar os planos de Ibaneis para a eleição ao Senado, segundo análises de deputados locais.

Os deputados distritais, principalmente do PT, PSOL e PSB, estão coletando assinaturas para formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. Eles já conseguiram sete das oito assinaturas necessárias e esperam que a pressão da opinião pública ajude a contornar a base de apoio do governador na Câmara Legislativa. Desde o início de sua gestão, Ibaneis havia se distanciado de escândalos, mas agora enfrenta um desafio significativo. Por exemplo, em 2020 ele exonerou o secretário de Saúde após uma operação sobre fraudes na compra de testes de Covid-19.

Após a decisão que afastou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, por sessenta dias, Ibaneis tomou a iniciativa de demiti-lo e anunciou que colocaria o superintendente da Caixa Econômica Federal em Brasília, Celso Eloi, em seu lugar. Embora tenha agido rapidamente, Ibaneis sempre defendeu a compra do Banco Master, alegando que a oposição estava tentando sabotar a negociação por motivos políticos. Enquanto isso, a aliança de Celina com figuras políticas influentes, como o senador Ciro Nogueira, tornou a situação ainda mais complexa.

Para quem deseja acompanhar os desdobramentos, as sessões da Câmara Legislativa e o andamento das investigações podem ser acompanhados online. O governo se comprometeu a colaborar com a investigação e a adotar medidas adicionais para garantir a transparência e a legalidade nas operações. Nos próximos dias, a tramitação da CPI será observada de perto, com a possibilidade de audiências públicas e mais movimentações na Câmara.