Recentemente, surgiu uma discussão sobre a veiculação de conteúdos audiovisuais gerados por inteligência artificial (IA) nas campanhas eleitorais em Goiás. A proposta é que o uso desses recursos seja proibido no setor público enquanto não houver regulamentações claras que assegurem a autenticidade e a transparência. A preocupação é que esses conteúdos possam confundir a população, distorcendo informações e gerando assimetrias de poder entre as instituições e os cidadãos.
Essa questão se torna ainda mais relevante em períodos eleitorais, quando a comunicação pública precisa ser clara e confiável. Segundo especialistas, o uso de IA generativa pode tornar difícil identificar o que é real e o que não é, criando um ambiente propício para a desinformação. Em outros países, já houve casos de deepfakes que impactaram diretamente a política, como vídeos manipulados de líderes políticos fazendo declarações falsas para influenciar eleitores.
Para manter a transparência, é fundamental que a população saiba como acompanhar as ações do governo e as campanhas eleitorais. Canais de denúncia e documentos oficiais devem estar acessíveis para que os cidadãos possam se informar e questionar o que considerarem necessário. Isso inclui acompanhar as sessões da Assembleia Legislativa e acessar informações sobre as propostas em discussão.
Os próximos passos incluem a necessidade de uma regulamentação que trate do uso da IA em campanhas eleitorais e na comunicação pública. Com a aproximação das eleições, é importante que as instituições se debrucem sobre essa temática e analisem como garantir a integridade do processo eleitoral, evitando que a comunicação sintética comprometa a confiança da população nas informações oficiais.