Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei Antifacção, que visa combater organizações criminosas. A votação aconteceu em Brasília e contou com 370 votos, dos quais 224, ou seja, cerca de 60%, vieram de partidos que fazem parte do governo Lula, como o PT e o PSB. O relator do projeto, deputado Guilherme Derrite, que também é secretário de Segurança Pública de São Paulo, viu sua proposta avançar apesar de uma tentativa do governo federal de adiar a votação.
Os partidos que mais apoiaram o texto foram o PP, PDT, União Brasil e PSD, com mais de 90% de seus votos a favor. Por outro lado, o Psol votou completamente contra, enquanto o PT teve 65 votos pela rejeição do relatório, com dois parlamentares não participando da votação. A Câmara ainda deve discutir sugestões de modificações ao texto antes de enviá-lo ao Senado, onde será analisado por Alessandro Vieira, do MDB.
Durante a tramitação, Derrite fez mudanças significativas no projeto original, optando por criar uma lei separada para lidar com organizações criminosas ultraviolentas, ao invés de apenas atualizar as normas existentes. A primeira versão do relatório enfrentou críticas, pois limitava a atuação da Polícia Federal, exigindo autorização do governador para que a corporação pudesse agir em casos de organizações criminosas nos estados.
Para quem deseja acompanhar a tramitação do projeto, as sessões da Câmara podem ser assistidas ao vivo pelo site oficial e há canais disponíveis para denúncias e sugestões. Além disso, é possível acessar documentos e atualizações sobre o andamento da proposta na página da Câmara. As próximas etapas incluem a votação das sugestões e a análise no Senado, que ainda não tem uma data definida para começar.