Na última terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, que é relator do caso da suposta trama golpista, decidiu absolver o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, o primeiro réu desse caso a ser inocentado. A decisão foi acompanhada por outros três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que entenderam que, apesar de haver indícios da participação de Theophilo na conspiração, as provas apresentadas não eram suficientes para uma condenação. Na época dos fatos, Theophilo era chefe do Comando de Operações Terrestres e foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter aceitado coordenar ações militares para um golpe de Estado em 2022.

A acusação citava uma reunião em 9 de dezembro de 2022, onde o então presidente Jair Bolsonaro teria discutido um decreto golpista com Theophilo. Uma mensagem do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi apresentada como prova, na qual ele mencionava a vontade de Theophilo em participar do plano, desde que houvesse a assinatura do presidente. A defesa do general, por sua vez, argumentava que as declarações de Cid eram falsas e que Theophilo apenas tentava acalmar Bolsonaro durante a conversa sobre o processo eleitoral.

A absolvição de Theophilo trouxe reações entre ex-chefes militares que acreditavam que a acusação não tinha fundamento sólido. Eles argumentaram que as provas eram baseadas em conversas de terceiros, sem a confirmação de um apoio ativo dele às ações golpistas. Theophilo, que deixou o comando em dezembro de 2023, é parte de uma família com uma longa tradição militar, sendo a única que conseguiu a autorização para usar barba dentro do Exército.

Para acompanhar as sessões do STF e obter mais informações sobre o caso, é possível acessar o portal do STF ou acompanhar as atualizações nas redes sociais do tribunal. Além disso, denúncias e informações podem ser encaminhadas diretamente aos canais oficiais da PGR. A tramitação de outros casos relacionados pode seguir em breve, com novas audiências e discussões programadas.