Na última quinta-feira (13), Pilar Lacerda anunciou sua renúncia ao cargo de presidente do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) durante a 342ª assembleia ordinária do órgão. A decisão veio após Lacerda afirmar que o ambiente do conselho se tornava insustentável para ela, tornando-a “um ser humano pior”. O Conanda, que tem vínculo formal com o Ministério dos Direitos Humanos, opera de maneira autônoma e agora terá Fábio Meirelles Hardman de Castro como novo presidente.
A renúncia de Lacerda se dá em um contexto de polêmicas envolvendo as resoluções do conselho. Em dezembro, foi aprovada uma diretriz que visa facilitar o aborto legal em crianças e adolescentes, gerando bastante debate. Lacerda, que ocupava a vice-presidência na época, ressaltou que o ambiente do colegiado é marcado por conflitos e falta de lealdade, o que, segundo ela, afeta negativamente a formação política dos jovens. A Câmara dos Deputados já aprovou um projeto de decreto legislativo para suspender essa diretriz, mas a proposta ainda precisa passar pelo Senado.
Para quem deseja acompanhar os trabalhos do Conanda e se informar sobre as próximas sessões, é possível acessar os canais oficiais do conselho. Informações sobre audiências públicas e tramitações estão disponíveis em seu site. Além disso, há canais de denúncia para aqueles que se sentirem prejudicados ou que desejem fazer sugestões.
O futuro do Conanda pode ser impactado pela escolha de novos membros e pela discussão das diretrizes que estão em pauta. A expectativa é que haja uma reflexão interna sobre a condução do conselho, principalmente após a renúncia de Lacerda, que destacou a necessidade de uma análise mais contemporânea da realidade política e social.