Na última semana, o deputado federal e secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, apresentou um projeto de lei para combater o crime organizado, mas sua proposta gerou bastante confusão. Com quatro versões diferentes do relatório, Derrite, que também é um possível candidato ao Senado, teve seu trabalho questionado por vários setores. O projeto, que foi relatado a pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta, tem como foco as facções criminosas, mas algumas limitações propostas, como a necessidade de autorização dos governadores para que a Polícia Federal (PF) possa investigar, levantaram preocupações sobre a eficácia das ações de combate ao crime.
Derrite, que é um ex-policial militar conhecido por sua atuação em uma tropa de elite, apresentou um relatório que, segundo críticos, poderia enfraquecer a atuação da PF, que é a principal instituição responsável por investigar crimes federais. A ideia de que a PF precisaria de permissão dos governadores para agir foi comparada a cenários históricos em que a corrupção e a proteção ao crime organizado prevaleciam, como no passado dos Estados Unidos. Além disso, enquanto a proposta de Derrite busca restringir a atuação da PF, as operações de segurança em São Paulo têm sido questionadas pela alta letalidade, com um número significativo de mortes em ações policiais.
Para quem deseja acompanhar as discussões sobre este projeto, é possível acompanhar as sessões da Câmara dos Deputados pelo site oficial e acessar documentos relacionados. Além disso, canais de denúncia e contato oficial com os representantes estão disponíveis para a população. Nos próximos dias, o projeto seguirá para mais discussões e avaliações, e audiências públicas podem ser convocadas para debater suas implicações. A tramitação do projeto será monitorada de perto, especialmente por aqueles que se preocupam com o combate ao crime e a proteção dos direitos civis.