No último sábado (15), o governo da Colômbia firmou um contrato com a fabricante sueca Saab para a compra de 17 caças Gripen E/F. Essa decisão, que veio após anos de debates, pode impactar também o Brasil, que já escolheu o mesmo modelo em 2014 e possui uma linha de montagem da Saab na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo. O contrato inclui a entrega de 15 caças Gripen E, que têm um assento, e dois Gripen F, com dois assentos, além de equipamentos e treinamentos.
A Saab e o governo colombiano também selaram dois acordos de compensação que abrem caminho para projetos em áreas como cibersegurança, saúde e tecnologia de purificação de água. O presidente colombiano, Gustavo Petro, mencionou nas redes sociais que esses caças serão “armas dissuasórias para alcançar a paz”, embora tenha evitado citar diretamente a tensão crescente na região, especialmente em relação aos Estados Unidos. Recentemente, o governo de Donald Trump intensificou operações contra narcotraficantes, o que levou a críticas de Petro.
Com a compra dos Gripen, a Colômbia deve substituir seus antigos caças Kfir, que operam desde os anos 1970. Essa escolha também beneficia o Brasil, pois mais clientes para o Gripen significam mais aviões e manutenção, o que favorece a Embraer e outras empresas brasileiras envolvidas no projeto. Além disso, a Força Aérea Brasileira poderá ajudar no treinamento dos pilotos colombianos.
Para quem deseja acompanhar mais sobre o tema, é possível acessar informações sobre as sessões do governo e canais de denúncia nos sites oficiais. A tramitação do projeto e futuras audiências públicas devem ser monitoradas, pois o Brasil também planeja adquirir mais 14 caças, com discussões em andamento.