Nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deram início a uma nova fase da Operação Sem Desconto, que visa desmantelar um esquema que, durante anos, permitiu o desconto ilegal nas mensalidades de aposentados e pensionistas do INSS em todo o Brasil. O presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que a operação atingiu figuras centrais do esquema, incluindo o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi preso. Ele dirigiu a autarquia de julho de 2023 até sua exoneração, logo após a primeira fase da operação, em abril.
Além de Stefanutto, outros nomes conhecidos também foram mencionados, como o ex-ministro do Trabalho José Carlos Oliveira e os deputados Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) e Edson Cunha de Araújo (PSS-MA). Pettersen é investigado por supostamente ter vendido um avião a uma das entidades envolvidas no esquema, enquanto Araújo é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura. Viana destacou que há outros parlamentares sob investigação, mas não deu mais detalhes para não comprometer as apurações.
Os membros da CPMI acreditam que os envolvidos no esquema se dividem em três escalões: políticos que teriam recebido pagamentos para proteger servidores corruptos, servidores públicos que se corromperam para manter os desvios e operadores que realizavam os saques. A maioria desses indivíduos foi presa nesta fase da operação. Viana mencionou que o próximo passo é investigar quem estava por trás das indicações e como os políticos foram beneficiados.
Para acompanhar as atividades da CPMI, os interessados podem acessar documentos e informações através dos canais oficiais disponíveis no site do Congresso Nacional.