A juíza federal Diana Maria Wanderlei da Silva, do Distrito Federal, decidiu condenar o desembargador Evandro Reimão dos Reis, do TRF-6, a pagar R$ 1,5 milhão por litigância de má-fé. A acusação é de que ele usou uma ação popular, que deveria proteger o interesse coletivo, para fins pessoais. O valor total da causa estava estimado em R$ 150 milhões. Diana também pediu ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que inicie um processo disciplinar contra Reimão, alegando que ele demonstrou desrespeito e discriminação de gênero.
Esse é o terceiro juiz federal que se envolveu no caso, e Diana afirmou que Reimão tem uma postura intimidatória sempre que não concorda com decisões judiciais. Em 2023, Reimão pediu ao CNJ para se aposentar compulsoriamente, acusando Diana de falsamente acusá-lo de supressão de documento público. A suspeição foi rejeitada pelo TRF-1, que decidiu de forma unânime. Reimão, por sua vez, defendeu que a condenação é “manifestamente nula” e anunciou que irá solicitar o direito de resposta.
Além disso, Reimão está processando diversas pessoas, incluindo sua ex-mulher, em uma ação que envolve a apropriação indevida de terras da União. Ele alega que os réus falsamente se apresentaram como proprietários de uma grande área rural, obtendo indenizações milionárias. A juíza Diana extinguiu o processo, afirmando que não havia direito a ser protegido por uma ação popular. O CNJ já aprovou, por unanimidade, a abertura de um processo disciplinar contra Reimão, que foi afastado de suas funções devido à gravidade das acusações.
Para acompanhar as novidades sobre o caso, o público pode acessar os canais oficiais do CNJ e do TRF-6. As sessões e documentos relacionados ao processo também estão disponíveis no site dos tribunais. Os próximos passos incluem a tramitação do processo disciplinar e possíveis audiências públicas.