Recentemente, o relator do PL Antifacção, Guilherme Derrite (PP), teve que recuar em suas propostas após uma reação negativa em relação ao seu projeto que afetava a atuação da Polícia Federal. A situação se tornou complicada, principalmente porque a direita havia planejado usar a segurança pública como uma estratégia nas eleições de 2026. Essa reviravolta atrasou a votação do projeto, que já havia sido apresentado com a ideia de reduzir as competências da PF, transferindo parte de suas atribuições para os governos estaduais. Essa proposta foi criticada por diversos setores, incluindo a própria corporação, juristas e até políticos aliados.

Derrite, que também é secretário de Segurança do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), precisou justificar suas intenções em um vídeo, onde destacou a importância de ouvir a população sobre questões de segurança. O deputado Sanderson (PL), vice-líder da oposição e policial federal, comentou que o relatório trouxe confusão e que a proposta de limitar a atuação da PF não seria aceita na Comissão de Segurança Pública. Aliados de Derrite reconheceram que a comunicação em torno do projeto falhou, permitindo que o governo federal aproveitasse a situação para criticar a oposição.

Para quem deseja acompanhar as discussões sobre segurança pública, é possível acessar informações sobre as sessões na Câmara dos Deputados e acompanhar os canais de denúncia e comunicação oficiais. O projeto ainda está em tramitação, e a agenda de votações futuras será definida em breve, com possibilidade de audiências públicas para discutir o tema.

Enquanto isso, a direita se prepara para continuar a pauta de segurança como um dos principais temas para a campanha de 2026, buscando capitalizar sobre a insatisfação da população com a atual situação. Especialistas apontam que, embora a segurança seja um ponto sensível, a maneira como os políticos abordam o tema pode influenciar a opinião pública de maneiras inesperadas.