Nesta quarta-feira (12), o Senado aprovou, em uma votação secreta, a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. Com um placar apertado, ele recebeu 45 votos a favor, apenas quatro a mais do que o necessário, e 26 votos contra. Essa votação foi vista por muitos parlamentares como um termômetro para a possível aceitação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2023, Gonet foi eleito para seu primeiro mandato com 65 votos a favor e 11 contra.
Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Gonet enfrentou críticas, especialmente da ala bolsonarista, devido à sua atuação na investigação da trama golpista. Senadores como Jorge Seif e Flávio Bolsonaro expressaram descontentamento, questionando a postura de Gonet e afirmando que seu voto não seria mais favorável. Gonet, por sua vez, defendeu seu trabalho na investigação, ressaltando que a PGR atua com responsabilidade e não propõe ações sem uma análise adequada.
Os senadores podem acompanhar as sessões do Senado e acessar documentos através do site oficial da Casa. Além disso, canais de denúncia e informações sobre as decisões e pautas estão disponíveis para o público. O próximo passo na tramitação do processo envolve a definição de uma agenda de votação e a possibilidade de audiências públicas para discutir a atuação da PGR e outras questões relevantes.
Com a recondução de Gonet, o cenário político se mantém em vigilância, especialmente em relação às futuras nomeações e à atuação da PGR em questões sensíveis no país, refletindo as tensões e as expectativas em torno da justiça e da política brasileira.