O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou que está buscando apoio do centrão para implementar o voto distrital misto nas eleições de 2030. Essa proposta visa, segundo ele, dificultar a entrada de candidatos ligados a organizações criminosas na política. No entanto, críticos apontam que esse modelo pode não ser tão eficaz quanto parece, e temem que a nova estrutura beneficie apenas os partidos tradicionais.
O sistema de voto distrital simples, que divide os estados em distritos e permite que cada um elege um deputado, já é utilizado em países como Inglaterra e Estados Unidos. A proposta atual, que inclui uma lista fechada, geraria preocupações sobre a possível eleição de candidatos que não têm apoio popular, mas que são escolhidos por líderes partidários. Isso levanta questões sobre a integridade do sistema, especialmente considerando casos passados de suplentes envolvidos em escândalos. Em julho, por exemplo, o suplente do senador Davi Alcolumbre foi alvo de uma investigação da Polícia Federal.
Atualmente, o projeto que cria o voto distrital misto está parado em uma comissão da Câmara, após ter sido aprovado no Senado em 2017. A proposta foi de autoria do ex-senador José Serra e, desde então, não avançou. Para acompanhar o andamento desse e de outros projetos, os cidadãos podem acessar o site da Câmara dos Deputados e acompanhar as sessões e votações. Também é possível registrar denúncias e sugestões através dos canais oficiais disponíveis na plataforma.
Os próximos passos incluem a possibilidade de pautar a proposta para votação nas próximas sessões, além de audiências públicas que podem ser convocadas para discutir o tema. A movimentação em torno dessa proposta pode impactar significativamente a política goiana nos próximos anos.