Na última quarta-feira (29), logo após a posse de Guilherme Boulos (PSOL) como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o PSOL se uniu ao PL e ao Novo para tentar adiar a votação de um projeto que inclui medidas fiscais importantes para o governo Lula. O projeto, que foi relatado por Juscelino Filho (União Brasil-MA), abrange a atualização de preços de imóveis, mas também trouxe à tona propostas de arrecadação e cortes de gastos que estavam em uma Medida Provisória (MP) recentemente derrubada pela Câmara.
O texto recebeu um requerimento de adiamento da votação, apoiado por partidos como PL, PSOL, Rede e Novo, além de membros da minoria e da oposição. O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) defendeu o adiamento, destacando que o projeto continha três elementos da MP que a bancada não apoiava: o endurecimento das regras do seguro-defeso, alterações no Atestmed, que facilita a concessão de auxílio-doença do INSS, e a inclusão do Pé-de-Meia no cálculo do piso de despesas com educação. Apesar dos argumentos, o requerimento foi rejeitado com 148 votos a favor e 276 contra.
Para quem quiser acompanhar as decisões e votações, as sessões podem ser vistas ao vivo pelo site da Câmara dos Deputados, que também disponibiliza canais de denúncia e informações sobre como acessar documentos oficiais. Os próximos passos incluem a tramitação do projeto, que deve seguir a agenda de votações da Câmara e pode ainda passar por audiências públicas para debater suas implicações.