A advogada Mônica Rosenberg entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo a suspensão da nomeação do ex-vereador Adilson Amadeu (União) para um cargo de assessor na Secretaria Municipal de Relações Institucionais. A petição foi protocolada na quarta-feira, dia 22 de março, e a advogada, que é judia, argumenta que a nomeação de alguém condenado por racismo vai contra princípios da moralidade administrativa e a Lei da Ficha Limpa, que impede que pessoas com condenações em segunda instância ocupem cargos públicos. A nomeação de Amadeu foi publicada no Diário Oficial no dia 15 de março.

Amadeu já foi vereador por cinco mandatos e tem duas condenações por injúria e racismo contra a comunidade judaica. A juíza Liliane Keyko Hioki, da 6ª Vara de Fazenda Pública, deu um prazo para que a prefeitura e o Ministério Público se manifestem sobre a ação. A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) defende que a pena de Amadeu foi prescrita e, portanto, ele pode assumir o cargo. Contudo, a prescrição não elimina a condenação ou seus efeitos jurídicos. Em uma das condenações, ele foi sentenciado a dois anos e seis meses em regime aberto e a pagar uma multa de 13 salários mínimos.

Para quem deseja acompanhar o desenrolar desse caso, as sessões do Tribunal de Justiça podem ser acessadas online, e é possível fazer denúncias ou buscar informações diretamente pelos canais oficiais da prefeitura. Quanto aos próximos passos, a ação segue tramitando e as manifestações da prefeitura e do Ministério Público devem ser apresentadas em breve.