Nos anos 50, 60 e 70, o futebol brasileiro vivia momentos mágicos, com ícones como Pelé no Santos e Garrincha no Botafogo encantando os torcedores. As seleções do Brasil em 58, 62 e 70, assim como a lendária Holanda de 1974, mostraram um futebol ofensivo e lúdico que deixava a torcida apaixonada. Mas após a derrota do Brasil na Copa de 82, a abordagem do jogo começou a mudar, dando espaço para uma estratégia mais defensiva e tática, especialmente nas décadas seguintes. O escritor uruguaio Eduardo Galeano chegou a afirmar que o futebol se tornou uma “triste viagem do prazer ao dever”.

Na Copa de 2002, o Brasil conquistou o título, mas a seleção alemã, considerada fraca na época, surpreendeu ao ser vice-campeã. A partir desse torneio, surgiu uma demanda na Europa por um futebol mais atraente e dinâmico. A mudança ganhou força com o Barcelona de Guardiola, que revolucionou o jogo com sua filosofia de passes curtos e movimentação intensa. Essa nova onda inspirou a seleção espanhola, que se destacou ao vencer a Copa do Mundo em 2010 e o Euro em 2008 e 2012.

Atualmente, o futebol mundial tem visto um retorno à intensidade, com equipes pressionando para recuperar a bola e alternando passes curtos com transições rápidas. No entanto, o Brasil ainda luta para acompanhar essa evolução, o que pode explicar a falta de títulos mundiais nos últimos anos. Além disso, questões como gramados ruins, problemas de arbitragem e a formação técnica dos juízes têm sido criticadas por treinadores como Leonardo Jardim e Abel Ferreira. O futuro do futebol brasileiro precisa ser construído para que volte a brilhar como antes, já que a história do país no esporte é repleta de glórias e talento.