Na última quarta-feira (22), o presidente Lula ainda não anunciou o novo nome para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, tudo indica que a ministra Cármen Lúcia continuará sendo a única mulher a representar a população feminina na corte. Desde que assumiu em 2023, Lula já nomeou apenas homens para as vagas, como Cristiano Zanin e Flávio Dino. Agora, ele deve indicar Jorge Messias, atual advogado-geral da União.

A presença de mulheres em tribunais superiores gera discussões sobre como isso pode influenciar as decisões judiciais. Segundo a professora Juliana Cesário Alvim, da UERJ, pesquisas apontam que um maior número de mulheres nos tribunais pode impactar temas relacionados à discriminação de gênero, trazendo novas perspectivas para os julgamentos. A professora menciona a juíza Ketanji Brown Jackson, a primeira mulher negra na Suprema Corte dos EUA, que, embora muitas vezes seja voto vencido, contribui com argumentos que não eram considerados antes.

Além disso, um estudo de 2024 revela que as ministras no Brasil são frequentemente interrompidas durante as sessões, o que pode refletir uma dinâmica de gênero no STF. Cármen Lúcia já expressou sua insatisfação com essa situação, destacando que é fundamental que cada membro do tribunal tenha espaço para se manifestar. A falta de diversidade, tanto de gênero quanto étnica, pode levar a uma visão limitada das questões que afetam a sociedade.

Para acompanhar as pautas e decisões do STF, os cidadãos podem acessar o site oficial do tribunal, onde estão disponíveis as sessões e documentos relacionados. O próximo passo na tramitação será a indicação do novo ministro, que deverá ser analisada pelo Senado em breve.