Na quarta-feira, 22 de novembro, as famílias dos dez jovens que perderam a vida em um incêndio no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, protestaram após a Justiça do Rio de Janeiro absolver todos os sete réus envolvidos no caso. A Associação dos Familiares de Vítimas do Incêndio (Afavinu) se manifestou, afirmando que a decisão é uma ofensa à memória das vítimas e à sociedade, destacando a impunidade que se renova com essa absolvição e a fragilidade nas proteções para menores em entidades esportivas.

Segundo o juiz Tiago Fernandes de Barros, a absolvição se baseou na falta de provas suficientes para estabelecer a culpa dos réus, que incluem diretores e engenheiros do clube. O Ministério Público do Rio de Janeiro, que já havia solicitado a condenação, anunciou que vai recorrer da decisão. Em maio, o MP-RJ argumentou que a tragédia, considerada a maior da história do Flamengo, poderia ter sido evitada, já que o centro de treinamento funcionava sem alvará e apresentava diversas irregularidades, como problemas elétricos e falta de manutenção nos equipamentos.

A investigação apontou que o incêndio teve início em um ar-condicionado com falhas, e os alojamentos, feitos de contêineres, tinham estruturas inseguras, como janelas gradeadas e uma única saída, o que dificultou a fuga dos adolescentes. A Afavinu reafirmou seu compromisso em buscar justiça e pediu rigor na fiscalização de segurança em alojamentos para jovens atletas, para que tragédias como essa não se repitam.

Para quem deseja acompanhar os desdobramentos do caso e as próximas ações da associação, as atualizações podem ser encontradas nas redes sociais da Afavinu, que continua mobilizando a sociedade para garantir a segurança e a proteção dos jovens em todos os clubes do país.