Recentemente, o governo Lula se movimentou para agradar Davi Alcolumbre, do União Brasil, em relação à indicação de um novo nome para o Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha deve contrariar a preferência do presidente do Senado, que apoia o senador Rodrigo Pacheco, do PSD. Apesar disso, aliados do presidente afirmam que o advogado-geral da União, Jorge Messias, é o nome mais cogitado para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso. Alcolumbre, por sua vez, tem sido favorecido com indicações para cargos e com mudanças na lei de licenciamento ambiental que podem beneficiar seus projetos.

No dia 15 de outubro, o governo publicou um decreto que regulamenta uma câmara de decisões da Licença Ambiental Especial (LAE). Essa câmara terá a responsabilidade de selecionar empreendimentos considerados estratégicos, que passarão por um processo de autorização mais simples. Isso gerou polêmica, uma vez que esses projetos poderão ser analisados sem considerar seu potencial de impacto ambiental. Além disso, o presidente do Senado comemorou a autorização do Ibama para que a Petrobras inicie a perfuração de um poço em águas profundas na bacia da Foz do Amazonas, o que é importante para a região que Alcolumbre representa.

A relação entre o governo e Alcolumbre deve continuar estável, independentemente de quem o presidente escolher para o STF. O processo de indicação ainda precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e por votação no plenário, onde é necessária a aprovação da maioria absoluta. Lula e Alcolumbre se encontraram para discutir a questão, mas o presidente ainda está ponderando sobre a melhor forma de fazer o anúncio, que deve ocorrer após sua viagem à Ásia. Para mais informações sobre a tramitação e os próximos passos, é possível acompanhar as sessões do Senado através de canais oficiais e acompanhar as notícias em sites de transparência governamental.