Na última terça-feira, dia 16, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC da Blindagem, que altera a Constituição para que parlamentares precisem de autorização do Congresso antes de serem investigados criminalmente pelo STF. Essa votação teve a participação de oito deputados do PT, que quebraram a orientação oficial do partido, gerando polêmica nas redes sociais. No dia seguinte, os deputados também aprovaram a urgência para discutir a anistia aos condenados pela tentativa de golpe em 8 de janeiro, o que intensificou as discussões sobre o tema.

Com essas decisões, grupos de esquerda começaram a se mobilizar nas redes sociais, convocando manifestações contra a anistia e a PEC da Blindagem. Um monitoramento feito pela Palver em mais de 100 mil grupos de WhatsApp mostrou que as convocações para o protesto do dia 21 de setembro começaram a ganhar força logo após a votação. Esse ato está programado para acontecer duas semanas após os protestos do 7 de Setembro, organizados pela direita em apoio à anistia. A divulgação de shows de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso durante a manifestação no Rio de Janeiro ajudou a atrair mais pessoas.

Até o dia 21, o engajamento nas mensagens sobre a manifestação superou o das mobilizações anteriores da direita, com cerca de 865 mensagens relacionadas ao protesto a cada 100 mil trocadas. A PEC da Blindagem é vista por muitos como um avanço da impunidade, e as críticas a ela vêm de várias direções, incluindo algumas figuras do PT. Grupos de esquerda começaram a compartilhar listas com os nomes dos deputados que votaram a favor da proposta, mostrando descontentamento.

Para acompanhar essas e outras discussões, os cidadãos podem acessar as redes sociais, plataformas de notícias e acompanhar as sessões da Câmara. As próximas etapas incluem a tramitação e eventuais audiências públicas sobre a anistia e a PEC, além do monitoramento contínuo das reações nas redes.