Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu condenar Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A acusação é de que ele teria tentado se manter no poder. Essa é a primeira vez que um ex-presidente brasileiro é condenado por um crime grave desde a redemocratização, e Bolsonaro se junta a uma lista que inclui Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Collor.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de julho, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida foi tomada após o ex-presidente ter conversado com aliados durante manifestações, o que foi considerado uma violação das condições impostas. A defesa de Bolsonaro declarou que as penas são excessivas e anunciou que vai recorrer, incluindo a possibilidade de levar o caso a instâncias internacionais. Os advogados também vão tentar garantir a manutenção da prisão domiciliar, citando problemas de saúde do ex-presidente.

A prisão domiciliar de Bolsonaro ocorre em sua casa no Condomínio Solar de Brasília, uma área nobre da capital federal. A residência é considerada segura, com controle de entrada e rondas de vigilância. Ela tem dois andares, piscina e churrasqueira, e os valores das casas na região variam bastante, entre R$ 1,5 milhão e R$ 5,5 milhões. Desde que voltou a morar lá, Bolsonaro tem recebido familiares e aliados, mas tem apresentado sinais de descontentamento com a atual situação política.

Os próximos passos no caso ainda não estão definidos, mas a decisão sobre a manutenção da prisão e as possíveis mudanças de regime caberão a Moraes. Para quem deseja acompanhar a tramitação do caso, é possível acessar informações pelo site do STF e acompanhar as sessões online.