Na última segunda-feira (17), o comandante do Exército, Tomás Paiva, se reuniu com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em Brasília. Durante o encontro, Paiva solicitou que os militares condenados em conexão com a trama golpista fossem conduzidos por outros militares e não fossem algemados durante a prisão. O ministro da Defesa, José Mucio, também estava presente na conversa. A informação foi inicialmente divulgada pelo UOL e confirmada pela Folha, mas até o momento, Moraes não se pronunciou sobre o pedido.
Entre os condenados, estão figuras importantes como o ex-comandante do Exército, general Paulo Sérgio, e o ex-ministro Augusto Heleno, que esteve à frente do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo de Jair Bolsonaro. Para esses militares, a prisão deve seguir protocolos semelhantes à detenção do general Walter Braga Netto, que está preso em uma unidade militar no Rio de Janeiro desde o ano passado. O local mais provável para a futura detenção de Paulo Sérgio e Heleno é o Comando Militar do Planalto, em Brasília. Caso seus postos e patentes sejam cassados pelo STM, eles podem perder o direito à prisão em unidade militar.
Nesta terça-feira (18), o STF publicou o acórdão que rejeitou os primeiros recursos de Bolsonaro e outros réus envolvidos na trama golpista, incluindo Paulo Sérgio e Augusto Heleno. A publicação marca o início do prazo para que as defesas apresentem novos recursos. A prisão dos réus só ocorrerá quando não houver mais possibilidade de recursos, e Moraes poderá determinar a prisão imediata se entender que as defesas estão apenas tentando ganhar tempo.
Para quem quiser acompanhar o desenrolar desse processo, as sessões do STF podem ser acompanhadas pelo site oficial do tribunal, que também disponibiliza documentos e informações sobre as decisões.