Nesta terça-feira (18), a votação do relatório do projeto de lei antifacção, apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados, apesar da tentativa do governo Lula (PT) de adiá a discussão. A proposta é considerada prioridade pelo governo e surge em resposta à crise de segurança pública que se intensificou após uma megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes. Ao longo do processo, o relator enfrentou críticas de integrantes do governo federal e de parlamentares aliados, que alegaram que ele teria alterado o projeto original em diversas versões.
O requerimento do governo para retirar o projeto da pauta foi rejeitado por 316 votos a 110. Além disso, outra tentativa de adiar a discussão também não teve sucesso, com 335 votos contrários e 114 favoráveis à proposta de adiamento. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), expressou sua insatisfação com a confusão em torno do tema, mencionando que a sexta versão do relatório foi apresentada no mesmo dia, e criticou a falta de diálogo entre o relator e os representantes do governo. Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, também comentou a situação, descrevendo a apresentação dos relatórios como desorganizada.
Para quem deseja acompanhar as discussões sobre o projeto, as sessões da Câmara podem ser assistidas ao vivo pelo canal oficial da Casa. Além disso, é possível acessar documentos e informações sobre as propostas em tramitação diretamente no site da Câmara. Os próximos passos incluem a continuidade da discussão do projeto, que promete gerar mais debates e possíveis audiências públicas para esclarecer pontos controversos.