Na madrugada do dia 27 de setembro, a casa da juíza Margani de Mello, em Florianópolis, foi cercada por doze policiais militares e oito viaturas. O filho do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), denunciou a magistrada por perturbação do sossego, alegando que ela estava fazendo barulho excessivo em sua residência. A juíza, que tentava ser promovida a desembargadora, acabou não conseguindo os votos necessários no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. No total, ela recebeu apenas 17 votos entre 79 desembargadores.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Emerson Fernandes, enviou um ofício ao corregedor-geral do TJ-SC, Luiz Antônio Zanini Fornerolli, narrando os acontecimentos. Com base nesse documento, Fornerolli recomendou que Margani não fosse votada para a promoção e sugeriu outros três nomes para a lista tríplice. O caso gerou controvérsia, e a juíza, que ficou surpresa ao saber de sua exclusão da lista, se defendeu, afirmando que não foi ouvida antes da decisão. Durante a sessão de votação, Fornerolli destacou que Margani teria que se explicar sobre possíveis infrações disciplinares relacionadas ao episódio.

Margani e seu marido, que também é servidor do judiciário, afirmam que estavam em casa com amigos, com o som em volume razoável. No entanto, um relatório da sindicância afirma que a festa era barulhenta e que a juíza teria agido de forma alterada ao lidar com os policiais. Após a situação, a juíza e o filho do governador se reuniram e chegaram a um acordo, extinguindo o termo circunstanciado registrado na ocasião. Essa resolução foi descrita como respeitosa e conciliadora. Para acompanhar futuros desdobramentos, o público pode acessar o site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, onde há informações sobre sessões e decisões.