Nesta terça-feira, dia 18, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga o crime organizado, começou a ouvir depoimentos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor de inteligência da PF, Leandro Almada, foram os primeiros a serem ouvidos, a partir das 9 horas. No dia seguinte, a CPI receberá Antônio Glautter de Azevedo Morais, diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, além do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que acompanha investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) desde os anos 2000. Essa CPI foi instalada em 4 de novembro, após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes.
O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), destacou que o objetivo é entender a atuação das facções e milícias no Brasil, visando criar políticas de segurança mais eficazes. Ele mencionou que a ideia é identificar tanto as soluções que funcionam quanto aquelas que, apesar de repetidas, não trazem resultados. O trabalho da comissão ocorre em um momento em que a Câmara dos Deputados tenta votar um projeto de lei relacionado ao combate ao crime organizado, o substitutivo do PL Antifacção, que enfrenta desafios tanto do governo quanto da oposição.
Para quem quiser acompanhar as sessões da CPI ou denunciar casos relacionados ao crime organizado, é possível acessar informações no site do Senado, onde também estão disponíveis documentos e atualizações sobre as atividades da comissão. Nos próximos dias, a CPI seguirá com as oitivas e, conforme avançar, pode convocar novas audiências públicas e discutir a tramitação de propostas que surgirem a partir dos diagnósticos apresentados.