Na véspera do ano eleitoral, o governo Lula decidiu aumentar o orçamento destinado à comunicação institucional, que inclui a divulgação de programas do governo, como “Brasil Soberano” e “Gás do Povo”. Agora, essa categoria representa 57% do total reservado para publicidade federal. Em contraste, as campanhas de utilidade pública, que abordam temas como vacinação e regras de saque do FGTS, ocupam os 43% restantes. Essa mudança na distribuição do orçamento é significativa, considerando que em 2015, 70% dos recursos eram voltados para ações de utilidade pública. Em 2022, último ano da gestão Bolsonaro, a comunicação institucional chegou a 50,6% do total.
O aumento no orçamento da Secretaria de Comunicação Social (Secom) ultrapassou R$ 116 milhões, totalizando R$ 1,54 bilhão para as ações de comunicação. Desse montante, R$ 661,6 milhões estão destinados à publicidade de utilidade pública, enquanto R$ 876,8 milhões vão para a comunicação institucional. A Secom, em nota, afirma que o foco é garantir que a população tenha acesso às informações sobre os serviços oferecidos pelo governo, negando qualquer conotação política nas campanhas.
Com a chegada de Sidônio Palmeira à frente da Secom, o governo intensificou o uso de mídias digitais e influenciadores, prevendo gastar mais R$ 100 milhões anuais em um novo contrato de comunicação digital. O objetivo é produzir cerca de 3.000 vídeos por ano para as redes sociais, com destaque para os 576 vídeos que terão apresentadores, custando R$ 12,3 milhões. Além disso, o Ministério da Fazenda está buscando R$ 120 milhões para fortalecer sua comunicação e publicidade, visando divulgar ações como a reforma tributária e o Plano de Transformação Ecológica.
Para acompanhar as atividades da Secom e suas atualizações, a população pode acessar os canais oficiais do governo e as redes sociais. O próximo passo inclui a tramitação e execução das novas estratégias de comunicação, que visam aumentar o engajamento e a informação sobre programas públicos.