A Polícia Federal indiciou o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após investigações sobre acusações de assédio sexual. O indiciamento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e envolve a prática de importunação sexual. As denúncias foram inicialmente reveladas pelo portal Metrópoles em setembro do ano passado e chegaram até a Organização Me Too. Entre as acusadoras está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O caso está sob sigilo e sob a relatoria do ministro André Mendonça. Durante as investigações, Almeida prestou depoimento à PF, onde negou as acusações e se manifestou publicamente contra elas.
Silvio Almeida, em entrevista a um veículo de comunicação, afirmou que Anielle Franco teria “se perdido no personagem” e sugeriu que a ministra estava envolvida em uma armadilha política. Ele expressou que não busca compaixão, mas justiça. Por outro lado, Anielle respondeu em nota, acusando Almeida de tentar desqualificar as denúncias e intimidar as vítimas. Ela relatou à PF que as abordagens de Almeida foram se intensificando e culminaram em importunação física, destacando que não denunciou antes por medo de não ser acreditada.
Além das investigações da PF, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência também está apurando o caso, uma vez que envolve um agente público. A investigação foi oficializada em setembro de 2024, logo após as denúncias ganharem notoriedade. O presidente Lula decidiu demitir Almeida um dia após os fatos serem divulgados, considerando insustentável sua permanência no cargo devido à gravidade das acusações. Desde então, a pasta dos Direitos Humanos é liderada por Macaé Evaristo. Para acompanhar o desdobramento desse caso, é possível acessar documentos e informações no site do STF e da Comissão de Ética.