Recentemente, o PSOL lançou uma nova versão do seu programa político, celebrando 20 anos de atuação. O evento ocorreu em Brasília e teve como objetivo reafirmar o compromisso do partido com o socialismo democrático, destacando que, segundo a legenda, “o capitalismo é a origem de todas as opressões”. O partido, que surgiu em 2005 a partir de uma dissidência do PT, busca reverter reformas econômicas recentes, como as trabalhista e previdenciária, que, na visão do PSOL, reduziram direitos. Além disso, eles defendem a anulação da autonomia do Banco Central.

Participaram do evento figuras importantes do PSOL, que atualmente integra a base do governo Lula, contando com dois ministros: Guilherme Boulos, na Secretaria Geral, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. O novo documento também aborda questões como feminismo, antirracismo e anti-LGBTfobia, mas enfatiza que é crucial manter o foco na luta de classes. Essa visão gera debates dentro da esquerda, com alguns setores priorizando pautas identitárias enquanto outros defendem a centralidade dos temas econômicos.

O PSOL também aponta a necessidade de atualizar a linguagem e as estratégias de organização da esquerda, reconhecendo que a direita tem avançado nessas áreas. O surgimento de novas demandas, como as relacionadas às big techs e à questão ambiental, também motivou essa reformulação. O partido critica, ainda que indiretamente, o PT, mencionando a parcela da esquerda que se apega a uma ortodoxia econômica considerada ultrapassada.

Para acompanhar as discussões e os próximos passos do PSOL, é possível acessar os canais oficiais do partido e participar das sessões abertas ao público. Além disso, audiências e debates sobre as propostas devem ocorrer nos próximos meses, permitindo que a população se envolva nas pautas em discussão.