Na última quarta-feira (12), a recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República (PGR) passou por um placar apertado de 45 votos a 26, marcando a votação mais disputada desde a redemocratização. Essa situação foi interpretada como um sinal de alerta para as dificuldades que Jorge Messias pode enfrentar, caso sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) seja confirmada pelo presidente Lula. Além disso, a votação fortaleceu o grupo liderado por Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que já manifesta preferência por Rodrigo Pacheco para a vaga no STF. Para que Messias seja aprovado, ele precisará do apoio de pelo menos 41 senadores em uma votação secreta.
Após a votação, membros do governo tentaram minimizar as implicações do resultado apertado de Gonet. Avaliações sugerem que o placar reflete a dinâmica atual do Senado, onde os votos da oposição e dos blocos governistas estão bem definidos. A expectativa é que Lula já tenha consciência das dificuldades, mas continue a apoiar Messias, chefe da Advocacia-Geral da União, mesmo após a oposição mobilizar vozes contra sua indicação. O resultado da votação também é comparável ao de Flávio Dino, que teve 47 votos a favor e 31 contra.
Para acompanhar as atividades do Senado e as deliberações sobre as indicações, os cidadãos podem acessar os canais oficiais do Senado e ficar de olho nas transmissões das sessões. Em relação aos próximos passos, a tramitação da indicação de Messias deve seguir com discussões e possíveis audiências públicas, uma vez que a escolha do novo ministro é crucial para o governo e seu apoio no STF. A movimentação política seguirá intensa, especialmente com as articulações que ocorrerão nos bastidores para garantir os votos necessários.