Nesta quarta-feira (12), o Senado aprovou a recondução de Paulo Gonet à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma votação apertada: 45 votos a favor e 26 contra. Esse resultado marca a aprovação mais estreita para um procurador-geral desde a redemocratização, sendo que nenhum indicado desde 1989 havia recebido tão poucos votos favoráveis. Gonet precisava de pelo menos 41 votos, e em sua primeira indicação em 2023, obteve 65 votos a favor.
A queda no apoio a Gonet se relaciona com seu desgaste junto ao bolsonarismo, especialmente por conta de sua atuação na investigação que resultou na condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadores da oposição já demonstraram intenção de votar contra sua recondução. O nome dele foi aprovado pelo colegiado com 17 votos a favor e 10 contra, bem abaixo da votação anterior de 23 a 4.
Gonet se defendeu na sabatina, ressaltando sua postura cautelosa em relação a denúncias e afirmando que a PGR não criminaliza a política. Ele também mencionou o apoio que recebeu do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Vale destacar que Gonet foi escolhido por Lula (PT) em 2023 fora da lista tríplice da ANPR e não é visto como um nome associado ao antecessor Augusto Aras.
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